Fotos de Ralph Fernandes |
01.12.2012.
Na Avenida Manoel Borba, 23, Boa
Vista, Recife, PE: Primeira reunião para o inicio da construção do espetáculo.
Primeiras ideias, primeiros passos, primeiras decisões.
21.09.2014.
No Teatro Marco Camarotti,
Unidade do Sesc Santo Amaro, Praça do Campo Santo, Santo Amaro, Recife, PE:
Primeira apresentação, estréia, primeiras respostas públicas, primeiras
surpresas.
03.11.2018.
No Teatro Rui Limeira Rosal, em
Caruaru, PE: Primeira apresentação do projeto Tapioca em Cena, Prêmio Funarte
para Circulação de Espetáculos Circenses 2018, do Ministério da Cultura, Minc.
Hoje. Seis anos e um dia nos
distanciam do primeiro encontro em Recife. Hoje, no pátio do Sesc Ler Pesqueira,
PE, última apresentação do Circuito Tapioca em Cena, projeto contemplado no “Prêmio
Funarte para Circulação de Espetáculos Circenses - 2018”.
Quatro anos e três meses se
passaram da data da estréia, muitas incertezas e dúvidas, muitas certezas e
acertos, afinal é da natureza da Arte e, por conseguinte, do Teatro, estar
permanentemente diante do intangível, do efêmero, do incerto. Tapioca, um
espetáculo aberto, impreciso, inconstante, tem uma trajetória de
descontinuidade e de buscas. Trás a marca da resistência, tal e qual a luta do
Circo.
Neste tempo entre o ontem
originário e o hoje, diversos públicos puderam dialogar francamente com
Tapioca, seus anseios, desejos, delírios em busca de salvaguardar o patrimônio
popular, o Circo, aquele de todos os lugares, centros e extremos.
Estamos nessa lida com as Artes
há muitos anos, nunca foi fácil construir a carreira de um espetáculo, nenhuma
garantia de continuidade, nenhuma garantia de que o suor de seu trabalho lhe
dará como retorno estar em cena. Montar um espetáculo e continuar com ele é uma
saga, uma aventura, um incansável recomeço. Com Tapioca não tem sido diferente.
Com Tapioca não tem sido fácil.
Mesmo assim, conquistas foram
sendo somadas desde a sua estréia:
- Edital Funcultura 2015/16 - Secretaria de Cultura de Pernambuco / FUNDARPE /Circulação de Espetáculos pela Região
Metropolitana do Recife.
- Edital Secretaria de
Cultura/Fundarpe/Governo do Estado de Ocupação do Teatro Arraial (2018).
- Prêmio Funarte para Circulação de Espetáculos Circense 2018, do Ministério da Cultura, Minc.
- Apresentações em 13 Municípios
de Pernambuco:
Recife, Jaboatão dos Guararapes,
Olinda, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Igarassu,
Arcoverde, Petrolina, Caruaru, Tacaimbó, Belo Jardim e Pesqueira, incluindo a
Vila de Mimoso.
- Participações no Festival de
Circo do Brasil em 2014 e 2018.
- Participações na Mostra Capiba
de Teatro (2014), no Janeiro de Grandes Espetáculos (2015), na Aldeia Yapoatam
(2015), Aldeia do Velho Chico (2015), Festival de Teatro de Igarassu (2015).
Muito foi feito diante da
complexidade que é fazer Artes no Brasil.
Muito pouco, se considerarmos os
esforços e que já se foram 4 anos da data da estréia.
Hoje, em Pesqueira, última
apresentação. Tempos incertos. Nenhum futuro demarcado, ainda mais se pensarmos
nas questões da atualidade, quando um governo eleito já anunciou o fechamento e
desmonte do Ministério da Cultura do Brasil.
Não pretendemos parar a
trajetória e a caminhada do espetáculo, mas não há nenhuma certeza de que
poderemos continuar.
Tapioca, um Solo de Artista.
José Manoel Sobrinho
Diretor do espetáculo